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Bolsas da Europa fecham em queda expressiva após PMIs e com aversão ao risco nos EUA
As bolsas europeias recuaram mais de 1% no fechamento desta terça-feira (2). Investidores reagiram mal aos índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) do setor industrial de economias da região e ao índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro, que voltou a subir em abril.
A piora do humor dos mercados nos EUA no começo da tarde ajudou a estender a trajetória negativa das ações na Europa.
Índices das bolsas europeias
O índice pan-europeu Stoxx 600 terminou o pregão em queda de 1,24%, a 461,08 pontos.
Na bolsa de Frankfurt, o DAX cedeu 1,23%, a 15.726,94 pontos.
O londrino FTSE 100 recuou 1,24%, a 7.773,03 pontos.
O parisiense CAC 40 fechou em baixa de 1,45%, a 7.383,20 pontos.
PMIs industriais
O dia já começou negativo para as bolsas europeias após os PMIs industriais da zona do euro, Alemanha e Reino Unido recuarem em abril. O PMI alemão chamou atenção especial ao registrar seu menor nível desde maio de 2020.
A principal economia europeia ainda divulgou uma queda de 2,4% nas vendas do varejo em março, contrariando a expectativa de alta de 0,4% ante fevereiro.
Inflação
Outro ponto que preocupou investidores foi o fato da inflação na zona do euro tornar a subir em abril, a 7% ao ano, após registrar 6,9% no mês anterior.
O núcleo do CPI do bloco, contudo, desacelerou para 5,6%, lembra o economista Riccardo Fabiani, da Oxford Economics.
“Os dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) receberão bem a queda no núcleo da inflação, enquanto os dados de empréstimos bancários mostram que o aperto contínuo está sendo transmitido à economia real”, diz ele, em nota. Fabiani espera alta de 0,25 ponto percentual do juros básicos na zona do euro na próxima quinta-feira.
Estados Unidos na pauta
A busca por ativos de risco na Europa, já limitada, sofreu novo golpe diante da piora do humor de investidores nos mercados dos EUA, que reagem à crise bancária, risco de estouro da dívida pública e dados de atividade fracos – isso tudo em véspera de decisão monetária do Federal Reserve (Fed).
Com a redução da busca por risco nos EUA, as bolsas europeias pioraram perto do fim do pregão e acompanharam os índices de Nova York em queda de mais de 1%.
Balanços
Além do cenário macroeconômico, investidores acompanharam a divulgação de balanços de empresas europeias.
A petroleira britânica BP despencou 8,62% hoje após a empresa divulgar números “sólidos” para o primeiro trimestre, mas alertar que “a menor produção de petróleo e gás e um aperto em suas margens podem resultar em uma desaceleração no segundo trimestre”, destaca Michael Hewson, analista da CMC Markets.
O HSBC, por outro lado, deu algum fôlego à bolsa londrina após balanço que agradou investidores. A ação do banco subiu 3,50% hoje.
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